terça-feira, 25 de outubro de 2011

Eu, você e todo mundo.

É impressionante como a gente só compreende algumas atitudes quando passamos por situação parecida àquela relacionada ao desentendimento. Tentamos, buscamos respostas e tentamos de novo. De repente, percebemos que “todo mundo está mudando” e que nossas decisões são irrevogáveis - por teimosia ou orgulho mesmo - principalmente quando achamos estar errados ou não temos certeza do que estamos fazendo.




Essa é a pior parte. Ainda que não tenhamos certeza, não voltamos atrás, machucamos agora para não machucar depois; liberamos agora e vemos o futuro depois; decidimos agora para não adiarmos depois. Assim, nos tornamos mais fortes e, ao mesmo tempo, enfraquecemos vários pontos...



Demorei a entender o que estava acontecendo, e o porquê de estar acontecendo, e percebi – erroneamente - que não se acerta ou se erra, apenas se aprende. Aprende-se que em um determinado momento da nossa vida, nos tornamos mesmo senhores do nosso tempo e ação. E como já disse alguém, ninguém é obrigado a aceitar (ou não aceitar), apenas entender, o que é mais difícil.



Aprende-se o sentido da imortalidade daqueles que amamos e daqueles que nos amaram e ainda debatemos: “amar é pertencer a alguém?, ”querer cuidar, estar e presente é tornar-se “propriedade de alguém?”. Não, você pode estar pensando. Então, para que ter um título e não apenas deixar as coisas fluírem da melhor maneira sem ter responsabilidades?



É, talvez esse seja um problema a ser corrigido, não passar - ou repassar - tanto o ar de responsabilidade; não querer controlar ninguém, apenas ser você mesmo. Agora entendo quando, em um final de semana, quis afastar-me de todos para não machucar, para adiar e até mesmo libertar, isentando os outros a quem amo (e que me amam) das responsabilidades.



A palavra de ordem é amar! Amar de qualquer jeito e guardar boas lembranças e esperanças de que tudo possa ser repetido, sem que se fique esperando por isso. E quando repetir, não tê-la como algo rotineiro, mas aproveitar muito bem o instante para que ele também fique registrado em nossas lembranças. Como diria Fernando Pessoa, “o valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.



Apague as mágoas, se existirem; dê espaço aos sorrisos, carinhos e às palavras doces. Valorize os momentos alegres, ninguém está no mundo para ser triste. Viva ser livre, feliz, ainda que se saiba que nascemos para morrer.



Por isso, viva cada minuto e cada “ziligundo” com toda a intensidade, pois “a vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego”.



Jayme Borges.

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